Mineração sustentável e o desafio da gestão de rejeitos
O setor de mineração, essencial para a economia global, enfrenta continuamente o desafio de gerenciar de forma segura e responsável os rejeitos gerados nas operações. Para fortalecer os padrões de segurança e sustentabilidade, o setor tem adotado abordagens mais rigorosas. Um dos principais avanços nesse sentido é o Protocolo de Gestão de Rejeitos, parte da iniciativa Towards Sustainable Mining (TSM), da Associação de Mineração do Canadá (MAC).
Uma estrutura para o aperfeiçoamento contínuo
O Protocolo oferece uma estrutura clara e detalhada para reduzir os riscos ambientais e de segurança associados à gestão de rejeitos, abrangendo instalações ativas e inativas. Ele promove a integração de práticas sustentáveis ao cotidiano das operações mineradoras, evidenciando o compromisso com a preservação ambiental e com o diálogo com as comunidades.
5 indicadores-chave de desempenho (KPIs)
Indicador 1: Política e compromisso com a gestão de rejeitos
A empresa deve contar com uma política formal, aprovada pela alta liderança, que estabeleça diretrizes claras para a gestão de rejeitos. A implementação dessa política deve ser verificada por meio de auditorias internas e externas, garantindo que seja compreendida e aplicada em todos os níveis da organização.
Indicador 2: Responsabilidade e prestação de contas
A responsabilidade pela gestão de rejeitos deve ser atribuída a um executivo sênior, como um CEO ou vice-presidente. A prestação de contas deve estar documentada e as responsabilidades precisam ser delegadas a profissionais qualificados, reforçando a governança e a priorização do tema na cultura corporativa.
Indicador 3: Sistema de gestão e preparação para emergências
A empresa deve implementar um sistema de gestão específico para rejeitos, aliado a um plano robusto de preparação e resposta a emergências. Esses sistemas devem seguir as normas mais recentes e ser testados regularmente para garantir sua efetividade.
Indicador 4: Manual de operação, manutenção e monitoramento (OMS)
Cada instalação de rejeitos deve contar com um manual detalhado e atualizado, adaptado às suas características e conforme as melhores práticas do setor. Esse documento é fundamental para garantir a padronização, segurança e eficácia das operações.
Indicador 5: Revisão anual da gestão de rejeitos
As práticas de gestão devem ser revisadas anualmente, de forma estruturada e documentada, com relatório apresentado a um executivo responsável. O objetivo é garantir a adaptação contínua frente a novos desafios e avanços tecnológicos.
Todos os indicadores são avaliados em cinco níveis de desempenho (C, B, A, AA, AAA), com critérios específicos para cada etapa. Isso permite uma avaliação clara do estágio atual da empresa e das oportunidades de melhoria.
Rumo a uma mineração mais responsável
Para líderes e especialistas do setor, o Protocolo de Gestão de Rejeitos é uma ferramenta estratégica que fortalece a cultura de responsabilidade, transparência e melhoria contínua. Incorporar esses princípios às operações é fundamental para garantir que a mineração avance em direção a um modelo mais sustentável e socialmente responsável.