Protocolo TSM
De desastres ambientais a falhas operacionais, a possibilidade de eventos inesperados exige uma abordagem robusta e estratégica para a gestão de crises e comunicação. O Protocolo de Gestão de Crises e Planejamento de Comunicação da iniciativa Towards Sustainable Mining (TSM), da Associação de Mineração do Canadá (MAC), oferece uma estrutura abrangente para que as empresas mineradoras naveguem e mitiguem crises de forma eficaz.
Uma estrutura para preparação e resposta
No centro do protocolo estão três indicadores essenciais: Preparação, Revisão e Treinamento. Esses indicadores foram desenvolvidos para garantir que as mineradoras estejam não apenas prontas para responder a uma crise, mas também preparadas para gerir a comunicação interna e externa com eficácia.
Indicador 1: Preparação
A base da gestão de crises está na preparação. Isso inclui a identificação de ameaças críveis, a formação de uma equipe de gerenciamento de crises e o desenvolvimento de um plano de gestão de crises e comunicação. A ênfase está em garantir que o CEO e a alta liderança demonstrem apoio e endosso a esses planos, refletindo um compromisso com a prontidão desde o topo da organização.
Indicador 2: Revisão
Revisões regulares dos planos de crise e comunicação são essenciais para garantir que continuem relevantes e eficazes. Isso envolve atualizações com base em mudanças na equipe, nas operações ou em fatores externos, além de testes dos mecanismos de notificação e sistemas de alerta aos colaboradores. Esse ciclo de melhoria contínua assegura que a empresa permaneça ágil e responsiva diante de novas ameaças.
Indicador 3: Treinamento
Preparar as equipes com habilidades e conhecimentos necessários para lidar com crises é fundamental. Isso inclui a realização de exercícios simulados de mesa anualmente e, a cada três anos, uma simulação de crise completa. Esses treinamentos preparam a equipe de gestão de crises para atuar com eficácia sob pressão, aumentando a resiliência da organização.
As empresas devem avaliar seu desempenho em cada indicador, tanto para o escritório corporativo quanto para cada unidade que implementa o TSM. Diferente da maioria dos protocolos do TSM, esses três indicadores são avaliados com base em uma escala Sim/Não. Todos os critérios precisam ser atendidos para que o indicador receba a classificação “Sim”.
Para além da conformidade: Cultivando uma cultura de resiliência
O Protocolo de Gestão de Crises e Planejamento de Comunicação não é apenas uma ferramenta de conformidade, mas um roteiro para construir uma cultura de resiliência no setor de mineração. Ao incorporar esses princípios no DNA corporativo, as mineradoras tornam-se mais ágeis frente às crises, protegendo suas operações, colaboradores, comunidades e o meio ambiente.
Além disso, o protocolo reforça a importância do envolvimento das comunidades de interesse e partes externas, promovendo a transparência e a confiança nos esforços da empresa para lidar com crises. Essa abordagem centrada na comunidade não apenas reduz o impacto das crises, mas também fortalece a licença social para operar.